II Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa inicia na Fronteira da Paz

Um coquetel realizado na noite de quinta-feira (30) abriu oficialmente as atividades do II Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa. Reunidos no Rivera Casino & Resort, os organizadores da segunda edição deste festival, juntamente com convidados, confraternizaram e desfrutaram das apresentações culturais da dupla Guilherme e Junior, interpretando o melhor da Música Popular Brasileira e, do Balé Folclórico de Rivera, que mostrou as danças típicas do Uruguai.

A Secretária de Turismo, Denise Toledo, falou da satisfação com a realização da segunda edição do Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa. “Agradecemos a colaboração e participação de todos envolvidos na organização deste grande evento. Deixo o convite para que todos participem da programação e tenho certeza do sucesso deste Festival graças à participação de todos vocês”, destacou.


Enrique Puentes, integrante da organização do Festival, lembrou que o Festival Binacional de Enogastronomia é fruto de intensas reuniões e salientou a grande programação desta edição, que conta com a participação de um grande grupo de empresários do Brasil e Uruguai. O Diretor de Relações Públicas, Norberto Flores, que na oportunidade representou a Intendencia de Rivera, convidou a todos para desfrutar da culinária e vinhos fantásticos desta terra. “Temos certeza que a Fronteira continuará realizando grandes eventos integrados como este Festival”, frisou.

Para o Prefeito Glauber Lima, o Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa potencializa nossa culinária e produção vitivinícola, trazendo, além dos profissionais de alto nível da Fronteira, chefs de Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. “Nesta segunda edição, o Festival já demonstra que deve se consolidar como um grande evento que atrai muitas pessoas vindas de todo o Brasil, Uruguai e Mercosul, reafirmando, ainda mais, a Fronteira da Paz como destino turístico”, concluiu.

Fotos: Jadir Pires 
Texto: Assessoria de Comunicação Social / Prefeitura Municipal de Sant'Ana do Livramento

Secretaria Municipal de Assistência e Inclusão Social promoverá oficinas “Chef na Comunidade”


A Secretaria Municipal de Assistência e Inclusão Social do município de Santana do Livramento, inserida nas atividades do II Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa, irá promover, de 17 a 21 de agosto, a oficina “Chef na Comunidade”, que acontecerá nos CRAS Armour, CRAS Prado e CREAS.

Durante as oficinas, será promovido o aproveitamento integral de alimentos a caminho da sustentabilidade, com a culinarista do Projeto Favela Orgânica, Regina Tchelly.

Recentemente, Regina participou de uma reunião na Pasta, para tratar dos detalhes da realização das oficinas.

Disco Xepa lota Estação Cultura

No início da noite de sábado (18) a Disco Xepa Binacional recebeu centenas de visitantes, na Estação Cultura (Antiga Estação Férrea de Livramento). O local

A Disco Xepa é uma festa que ocorre no mundo inteiro com o objetivo de conscientizar a população sobre o desperdício de alimentos. Visitantes de outros países, brasileiros, uruguaios e doble chapas experimentaram os pratos - sopa, carreteiro e sobremesa - que foram servidos gratuitamente.

Chefs de cozinha de vários grupos Slow Food foram responsáveis pela criação dos pratos do evento que foram preparados com ingredientes buscados na Xepa de feiras e supermercados.

A antiga Estação Férrea foi escolhida para sediar o evento por representar a história do comércio e dos povos que por ali passaram. "Através das estações férreas, por décadas, chegaram alimentos, insumos, vestimentas e também os imigrantes de todos os povos que formam nossa cultura", afirmou Jussara Dutra, coordenadora do II Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa.

Fotos: Alan Gonçalves / Flash Food

[Palestra] A Gastronomia e a Defesa do Bioma Pampa


Durante a tarde de sábado (18), no Rivera Cassino Resort, em Rivera, Carlo Petrini, sociólogo italiano ministrou palestra com o tema “A Gastronomia e a Defesa do Bioma Pampa”. A memória e o afeto relacionados a alimentação e também seu impacto na cultura dos povos, na história, na economia e nos meios de produção também foram comentados pelo presidente do movimento Slow Food. O evento teve colaboração da Unipampa de Santana do Livramento. A palestra de Petrini foi antecedida pelos depoimentos de brasileiros e uruguaios de diversos convívios Slow Food.

Ubirajara Martins falou de seu trabalho com frutas nativas na Quinta Martins. "Carlo Petrini, fundador e dirigente do Slow Food, ratificou o que todos sentíamos: o Slow Food vive um grande momento no mundo todo e assume no Brasil fantástica expressão. Nesse contexto tive a honra de dirigir a palavra a brasileiros, uruguaios, argentinos e italianos que lotaram o auditório do hotel Casino de Rivera para falar do Bioma Pampa, das frutas nativas que cultivamos no sul gaúcho, e do trabalho da nossa Quinta Martins. Momento inesquecível de rico convívio e enorme aprendizado", relatou.


Bernardo Simões, facilitador do Slow Food na Região Sul, tratou da importância da ecogastronomia em sua fala. "A cultura dos povos transcende as fronteiras políticas que separam os estados e países, por isso estamos falando de Bioma Pampa. Como ativistas do movimento Slow Food acreditamos que a ecogastronomia pode unir realidades diferentes, com cozinheiros se abstendo do estrelato individual acreditando na valorização da cadeia gastronômica como um todo, valorizando do camponês ao consumidor consciente. Sem estas duas pontas da cadeia, de nada vale um cozinheiro estrelado. Esses são os princípios da nova gastronomia, partilhar e conviver com alegria e prazer", afirmou.


Natalia Bajsa, bióloga uruguaia, alertou para as ameaças ao Bioma Pampa. "El bioma pampa es un bien común de los países del Cono Sur y representa un recurso fundamental para la producción de alimentos. Actualmente se ve amenazado por los cambios en el uso del suelo hacia actividades agrícolas, forestales y mineras. Con formas alternativas de producción, cocina con productos locales, educación y promoción de políticas, Slow Food en Uruguay trabaja por la conservación de nuestros campos", relatou.

Felipe Amaral, biólogo brasileiro, alertou sobre a educação para o consumo. "O nosso consumo, que se reflete no que nos alimentamos, é um ato político. Escolher determinadas marcas ou produtos, formas de produção e o tamanho da cadeia envolvida, expressa nossa visão de mundo. É ai que estamos imprimindo o que definimos como valores éticos e morais", afirmou.

Fotos: Alan Gonçalves / Flash Food

Mais de 500 pessoas se reúnem no Parque Internacional para o 1° Almoço Slow Food Binacional



Ocorreu neste sábado (18) o 1° Almoço Slow Food Binacional que celebrou o lançamento do II Festival Binacional de Enogastronomia, com mesas montadas sobre a linha imaginária que une Brasil e Uruguai no Parque Internacional, integrando moradores de Santana do Livramento e Rivera.

Mais de 500 pessoas presenciaram este momento único de integração. Autoridades, visitantes, professores, estudantes e jornalistas brasileiros e uruguaios participaram do evento que reafirmou a integração entre Brasil e Uruguai. Discursaram autoridades das duas cidades, Santana do Livramento e Rivera, a coordenadora do Festival, Jussara Dutra e um dos integrantes do convívio Slow Food Binacional, Fabrizzio Conti.


Ao fazer uso da palavra, a Coordenadora do Festival Binacional de Enogastronomia, Jussara Dutra, destacou a Fronteira como o local ideal para desenvolver um projeto em que a comida é o fator de integração cultural. "Agradeço a todos que desde o ano passado acreditaram na ideia do Festival e que fazem parte dessa iniciativa de integração entre Brasil e Uruguai e promoção da gastronomia local", completou.


O representante do grupo Slow Food Binacional, Fabrizzio Conti salientou sua satisfação em realizar o primeiro Almoço Slow Food Binacional do mundo e convidou a todos para participar da programação do II Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa.

A Secretária Municipal de Turismo, Denise Toledo, parabenizou a todos pela realização do almoço. "Esta tarde será inesquecível para todos nós porque mostra a maravilhosa integração que temos aqui em Livramento e Rivera. A presença desse grande número de pessoas já demonstra o sucesso que será o Festival graças à participação e envolvimento de todos", frisou Denise.
O Intendente de Rivera, Marne Osório destacou a importância da integração entre Livramento e Rivera para promover o crescimento da Fronteira da Paz. "Para nós, o crescimento de nossa Fronteira só é possível se trabalharmos juntos. Este é um evento que dialoga com esse pensamento e hoje estamos escrevendo mais um capítulo memorável na história de nossa Fronteira. Temos tudo para ser um destino turístico de excelência, inclusive do turismo gastronômico, como demonstra essa extraordinária festa", afirmou.


Carlo Petrini, fundador e presidente do Slow Food, externou sua felicidade pela realização deste evento. "A mesa de almoço está fantástica e é símbolo dessa integração entre Brasil e Uruguai, da amizade, paz e sabedoria existente entre os povos. Me encanta que essa união se realize em uma Fronteira. Bendito será o momento onde qualquer fronteira se relacione dessa maneira, somente com amor e consciência de que somos irmãos", concluiu.

Fotos: Alan Gonçalves / Flash Food
Texto: Assessoria de Imprensa do Festival em colaboração com a ASCOM/Prefeitura de Santana do Livramento

Saiba mais sobre o Slow Food


O Slow Food é uma organização internacional que almeja, para todos, o acesso a um alimento bom para os produtores, consumidores e para o planeta. Trata-se de uma associação sem fins lucrativos, fundada em 1989, como resposta aos efeitos padronizantes do fast food, ao ritmo frenético da vida atual, ao desaparecimento das tradições alimentares locais. Seus participantes se propõe a chamar a atenção para a origem e o sabor da alimentação, para que todos sejam mais conscientes de que as escolhas alimentares de cada um se refletem em todo o sistema. Para o Slow Food, o alimento de qualidade é um direito fundamental de todos e, consequentemente, cada um tem a responsabilidade de preservar o patrimônio de biodiversidade, cultura e saberes, que tornam a ação de se alimentar um dos prazeres da vida.

Três conceitos são promovidos pelo Slow Food: o alimento deve ser bom, limpo e justo. O alimento bom é aquele que respeita a cultura alimentar local, que possui características históricas em seu preparo que se relacionam com a comunidade onde é consumido. O alimento limpo é aquele produzido de forma sustentável, agredindo da menor forma possível ao meio ambiente e com desperdício zero - ou o mais próximo de zero possível. O alimento justo é aquele que valoriza os pequenos produtores e os produtores locais, com o objetivo do encurtamento de cadeias - possibilitando que, com uma viagem mais curta entre produtor e consumidor esse alimento chegue com maior valor nutricional e mais saboroso.

Na prática, a organização atua criando áreas de proteção para frutos nativos que correm o risco de desaparecer, promovendo a criação de rotulagem que alerte sobre transgênicos e pesticidas, disseminando a ideia da educação para o consumo. As áreas de proteção de alimentos em perigo de desaparecer são chamadas fortalezas. Existem certa de 30 fortalezas, atualmente, em todo o planeta. Essas fortalezas são incentivadas a seguir com sua produção, com cuidados extensos que envolvem um zoneamento livre de pesticidas, o cuidado com o uso de fertilizantes naturais e a proteção das águas contra resíduos de transgênicos e pesticidas de áreas contíguas, entre outros.

O movimento agrupa pessoas preocupadas com o meio ambiente, com a alimentação e com os processos de produção de alimentos. Fomentando uma proximidade entre produtor e consumidor seus integrantes acreditam na construção de uma relação de consumo diferente, que dá valor a unicidade de cada produto consumido. Ao tomar conhecimento de todo o trabalho necessário para que aquele alimento chegue até a mesa o consumidor se torna coprodutor: estabelecendo laços de confiança, reconhecimento e consciência. O desperdício também acaba sendo minimizado com o fortalecimento dessas relações.
  Outra linha de trabalho da organização se centra na adoção de produtores por parte de cozinheiros, fazendo alianças: pequenos produtores, ao fornecer seu produto periodicamente para clientes garantidos, podem ter a garantia de negócios rentáveis em suas propriedades.

Segundo Roberto Da Matta, a comida é o alimento transformado pela cultura. O ato de escolha de cada indivíduo, a cada refeição, entre alimentos industrializados e naturais faz parte de um processo que envolve bem mais complexo do que um impulso. Essa relação - que tem inicio na infância - com o reconhecimento de sabores e saberes, forma o paladar e afeta essas escolhas.

Fontes: Manifesto Slow Food, Laura Rosano (Slow Food Uruguay) e Jussara Dutra (coordenadora do Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa).

Café da manhã para imprensa e entidades organizadoras

Na manhã de terça-feira (14), no Solar Dom Pedro, em Santana do Livramento, ocorreu um café da manhã para representantes das entidades organizadoras do II Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa e para a imprensa. No evento foi apresentada a programação completa e também foram fornecidas informações sobre o ato de lançamento, que ocorre no dia 18 de julho - próximo sábado, com a presença de Carlo Petrini, presidente do movimento Slow Food.

A mesa foi composta por autoridades do Brasil e do Uruguai: Mário Santanna, secretário da educação de Santana do Livramento esteve representando o prefeito, Denise Toledo, secretária de turismo do município; Carlos Martorell, diretor de turismo de Rivera; Enrique Puentes, coordenador de desenvolvimento e turismo da intendência; Jussara Dutra, coordenadora do II Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa; Sylvia Campos e Fabrizzio Conti representando o convívio Slow Food Binacional.

Carlos Martorell, diretor de turismo de Rivera, falou sobre a importância do festival para a valorização dos produtores locais. “É um festival peculiar por falar de uma cultura de alimentação envolvendo os produtores locais. É mais do que um festival de gastronomia tradicional, por se tratar de uma corrente que potencializa os cuidados sociais”, afirmou.
Foto: Bruna Antunes


Jussara Dutra, coordenadora do II Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa, falou do crescimento desta edição. “O alimento é capaz de integrar comunidades: esse é o resultado que podemos conferir da primeira edição do festival. Na edição deste ano teremos mais participantes e uma maior autonomia das entidades envolvidas”, afirmou.

Fabrizzio Conti, representante do convívio Slow Food Binacional, falou sobre o evento de lançamento, que ocorre no próximo sábado (18). “No almoço de lançamento do festival iremos trazer o melhor que temos a oferecer aos presentes. Se trata de um momento único e importante pela presença de Carlo Petrini, presidente do movimento internacional Slow Food, o sociólogo e gastrônomo italiano, e também por celebrar nossas receitas, nossa comida e nossos produtos da região”, afirmou.

A secretária de turismo, Denise Toledo, comentou do trabalho que será realizado com as comunidades. “Vamos ter uma semana com um trabalho muito bonito com as comunidades com a presença da chef Regina Tchelly, da favela Orgânica do Rio de Janeiro, onde ela vai ensinar sobre o aproveitamento integral de alimentos”, afirmou.

Calendário de Integração Cultural Brasil-Uruguai

O II Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa está inserido no Calendário de Integração Cultural Brasil-Uruguai, que tem por objetivo integrar a região promovendo ações conjuntas. O calendário é mantido por um Comitê de Fronteira que reúne prefeitos, intendentes e alcaides do Brasil e do Uruguai.

Arte: cedida por Ricardo Almeida
Segundo Ricardo Almeida, um dos articuladores do calendário, a iniciativa teve início com 17 ações que contemplam aspectos simbólicos da fronteira, de geração de trabalho e renda e que insiram língua, educação, produção, gastronomia e demais elementos de cultura local.

“O envolvimento da comunidade é fundamental para o sucesso de cada um desses eventos. No caso específico do Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa, em Livramento, a sociedade comprou a ideia gerando um envolvimento maior das pessoas com as atividades. Como exemplo disso, os restaurantes mantiveram o circuito mesmo depois do Festival encerrado, as merendeiras seguiram buscando formas de aprimorar o aproveitamento dos alimentos”, afirma. Segundo ele, esta segunda edição deve fortalecer os laços criados no ano passado, gerando mais oportunidades, inovação e reflexão junto aos envolvidos.

O calendário inclui eventos nos municípios localizados ao longo da fronteira entre os dois países. Seu objetivo é promover a integração entre os dois países por meio da cultura. A gastronomia, como parte fundamental da cultura, está representada pelo Festival Binacional de Enogastronomia e Produtos do Pampa. Participam do Comitê de Fronteira os municípios brasileiros de Aceguá, Barra do Quaraí, Jaguarão, Santana do Livramento, Chuí, Quaraí, Santa Vitória do Palmar, Dom Pedrito, Herval e Pedras Altas. Do Uruguai os municípios de Artigas, Cerro Largo, Rivera, Tacuarembó, Treinta Y Tres, Lavalleja e Rocha.